segunda-feira, 23 de julho de 2007

MoReNo E sEu FaSt FoOd LiTeRáRiO


"VISTOS A CEGAS 1"
J sempre fora uma garota cetica, daquelas que se sentia enjoada so de olhar um incenso, qualquer sabor que fosse. O destino, gereroso, a fizera nascer numa sexta feira obscura do dia 13 de Setembro. Crescera como todas as criancas, perdendo a voz em confusoes de gritaria mais as outras em ruas crepusculares. Aos 7, lider da turma da escola, escrevia a letra D ao contrario e so aceitava brincadeiras e amigas novas quando estas eram parecidas com as demais, ate perder a vergindade aos 13 com o filho do pastor vizinho. Nao se sabe ate hoje se foi ele que a ensinou que so se poderia acreditar em coisas pegaveis, mas o que se sabe e que, J, mesmo dificilmente pegando nele, ainda acredita em dinheiro, e e por isso que hoje se encontra em Boston. A desconfianca nao a abandonou nem em pleno deserto mexicano, quando recusara a ajudar outras brasileiras que com ela viera. Chegou sozinha, e ainda sozinha se encontra. J, na loja onde trabalha, alem de solitaria, ultimamente anda muito esquisita, dizendo coisas que ate a pouco nao se podia imaginar que viria de sua boca. Porem fala pouco, como antes, mas pegou o costume de pronunciar, do nada, aforismos, mesmo quando o assunto a ela nao pertence. " Nunca diga que algo e impossivel. Algo pode ser no maximo improvavel, mas nunca impossivel." "E melhor se arrepender do que fez do que deixou de fazer". Esses dias mesmo ela apareceu com essa pra mim: "Que voce nao perca o brilho e a luz do olhar mesmo que muitas coisas que ver virao do escuro." E estranho, mas realmente nao da pra entender quando ela chega em casa depois do servico, tarde da noite, e abre aqueles e-mails geralmente com conteudos de auto ajuda.

Falou....