sexta-feira, 7 de agosto de 2009

costura


...e só a mamãe com sua docura permanente... A janela de mamãe era mais acolhedora. Pertencia a um quarto de costura... mamãe passava longas horas no quarto de costura, tecendo ou bordando coisas miúsculas... minha mamãe era diferente. Quando entrava nesse quarto impregnado de ternura, era como se mudasse de aspecto, de gestos. Todas as vezes em que vi isolar-se nesse aposento, para costurar coisas pequeninas ela mostrava aquela mirada arregalada e triste, de tanto olhar prara dentro, como a que vi, depois, nas pessoas que estiveram observando o mar". "Cadernos de Infância - memórias". livro da escritora argentina Norah Lange (1906-1972)

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